Entre Deus e o orientador ateu – um pedido de desculpas

Caro Leonardo[1],

Em 2007, quando você me apresentou a versão final da sua dissertação de mestrado, na qual expressava seus agradecimentos a todas as pessoas que contribuíram para seu trabalho, inclusive a mim, como seu orientador, e um agradecimento especial a Deus, disse-lhe que depois de vários anos trabalhando juntos eu esperava que você tivesse percebido que o espaço da sua dissertação era pequeno demais para nós dois: eu e Deus.

Naquele momento, minha intenção era usar o humor para chamar a atenção para a incompatibilidade entre ciência e religião porque pensava que os cientistas deveriam agir de acordo com a razão e jamais baseados em crenças. Chamo de “crença” qualquer ideia sem comprovação objetiva que justifique nossas ações, independentemente de ter ou não uma origem divina. Por exemplo, Linnus Pauling, o cientista ganhador do Nobel de Química pela natureza das ligações químicas e do Nobel da Paz pelo seu ativismo contra os testes nucleares, usava pessoalmente grandes doses diárias de Vitamina C porque acreditava que isto evitaria resfriados e doenças cardíacas, apesar de não haver evidência científica destes efeitos.

Minha crítica a você, portanto, era de que, se pretendia se tornar um cientista, deveria agir baseado apenas em observações objetivas sobre coisas materiais, que podem ser visíveis, tocadas, medidas, pesadas e comparadas e não em crenças subjetivas ou místicas.

Como você se lembra, não exerci qualquer tipo de autoridade diante da dedicatória em sua dissertação, reconhecendo que era um espaço seu e você manteve seu agradecimento a Deus e a mim. Em seguida, pensando que aquele assunto merecia mais do que a minha ironia, escrevi a você uma carta, que acabou por se transformar num texto publicado na revista Temas Atuais em Educação Física e Esportes (volume 13, páginas 105-115, de 2010). O artigo foi discutido em alguns cursos de pós-graduação e recentemente lembrado pelo amigo Nilton Alves de Rezende, o que me motivou a reler o texto uma década passada, o que me levou a escrever novamente para você.

Revendo o texto, percebo nele minha defesa de que 1) os cientistas são pessoas racionais, 2) que há uma verdade única sobre determinado tema, 3) e que esta verdade poderia ser descoberta a partir da razão, utilizando-se a ciência como método de busca. Como consequência, 4) a verdade científica poderia ser compreendida racionalmente por todos indivíduos e, em algum momento, 5) as pessoas chegariam a um “consenso”, no qual prevaleceriam os argumentos da ciência sobre os demais pontos de vista. Também imaginava que a partir do tal consenso construído pela ciência, 6) a humanidade poderia encontrar a paz e o sentido da vida, o qual seria “uma vida humana, plena e coerente”, ou seja, uma civilização única, destino final do progresso da nossa história.

Minha compreensão era de que a ciência seria um estágio mais avançado da humanidade, enquanto a religião persistia como algo primitivo, necessário em épocas anteriores à “nossa” civilização, mas que deveria ser superado pela razão e pelos métodos científicos. Animava-me a ideia de Freud [2] (e de muitos outros pensadores do Século XIX) no progresso humanidade por meio da ciência. Por isso, ao longo de meus 40 anos como cientista transformei em minha incumbência implantar as verdades científicas no mundo ao meu alcance, inspirado também nas leituras de outros ateus e cientistas[3] .

No entanto, depois de muitos aniversários, comecei a repensar meu ativismo pró ciência nas longas conversas com meu amigo Romeu Cardoso Guimarães [4], cientista muito mais experiente do que eu. Romeu cuidadosamente questionou algumas das ideias do Dawkins, preferindo “desmisturar” os domínios da ciência e os da religião, e esclarecendo-me um pouco mais sobre os limites do método científico para enfrentar a vastidão da vida e levando-me a disciplinar a ciência em torno daquilo que são as hipóteses testáveis.


Os cientistas são racionais?

Desde então, caro Leonardo, ajudado pela nova perspectiva que nos traz a aposentadoria e pelos amigos mais lúcidos[5], venho descobrindo que nós cientistas, como todos os seres humanos, não somos tão racionais como eu pensava e desejava que fôssemos.

O intrigante Yuval Noah Harari[6] diz que os seres humanos possuem uma grande capacidade de acreditarem coletivamente em coisas que não existem, como deuses, religiões, dinheiro, nações, estados, classes sociais e... modelos científicos. Numa ilustração de seu livro “Sapiens” ele apresenta a equação matemática da Teoria da Gravidade e diz que o cérebro humano é incapaz de pensar em conceitos como aqueles, envolvendo relatividade ou mecânica quântica. No entanto, a maioria dos cientistas, mesmo sem compreender, admite que aquela equação ela seja verdadeira, ou seja, para os que não a entendem objetivamente ela se torna uma espécie de crença.

Não preciso chegar nas teorias propostas por Einstein, as quais não entendo é claro, pois basta lembrar que há muitas coisas que fazem parte do nosso cotidiano as quais não compreendemos objetivamente seu funcionamento, como eu exigia para todos os cientistas, e que, no entanto, acreditamos em sua existência.Por exemplo, a força da gravidade, a eletricidade, a radioatividade, os campos magnéticos, as ondas de rádio, as ondas sonoras, a tectônica de placas, a expansão do Universo, o Big Bang, as partículas subatômicas, e por aí vamos. Para serem visíveis, tocadas, medidas, pesadas e comparadas e compreendidas objetivamente, cada uma destas propriedades do mundo necessita de instrumentos e modelos de pensamento construídos pela ciência.

Em outras palavras, dentro dos estreitos limites do campo de atuação do cientista A, no qual ele domina o método científico específico à sua área, a ciência pode ser razoavelmente objetiva. No entanto, para o resto da humanidade, ou para o cientista B que atua fora da área do cientista A, os modelos teóricos e os conjuntos de hipóteses do cientista A vão se tornando cada vez mais incompreensíveis à medida que o conhecimento se aprofunda. Portanto, ao cientista B e à humanidade em geral resta “acreditarem” nas afirmações do cientista A na presunção de que foram obtidas e validadas pelo método científico.

Nestes processos de aprofundamento e expansão acelerados do conhecimento científico, cada um dos diversos campos da ciência vai se tornando um conjunto de “crenças” para os demais cientistas de outras áreas e para o restante da humanidade, porque não temos outra alternativa senão acreditar (sem compreender plena e racionalmente) nos modelos de explicação do mundo que cada área científica nos apresenta. Somos levados a “crer para ver” porque precisamos dar crédito à palavra dos especialistas, que são as autoridades naquele campo que desconhecemos.

Portanto, o duplamente Nobel Linnus Pauling não estava sozinho ao contrariar as evidências sobre a Vitamina C, porque era um assunto fora do seu campo especializado como cientista. Da mesma forma, os médicos que não pesquisam determinado tema podem opinar de forma irracional sobre estes assuntos, como apresentei em “Porque os médicos dizem sim quando as evidências dizem não”[7], uma adaptação do artigo de David Epstein[8], que mostra que mesmo depois de décadas de resultados de pesquisa contrariando certas ideias comuns, as pessoas continuam a pedir e os médicos continuam a receitar certos tratamentos que são desnecessários, que não ajudam e que até mesmo podem causar danos e morte.

No entanto, mesmo no campo específico do conhecimento de cada cientista somos levados a errar pelo efeito “meu lado na questão”, cada vez mais evidente na ciência (e na política), como mostra Elizabeth Kolbert[9] em seu artigo contundente na New Yorker, também de fevereiro de 2017. Não defendemos ideias contrárias aos nossos salários ou ao nosso status.

Então a “crença” na ciência se assemelha à “crença” na religião e os cientistas se parecem aos sacerdotes?

A diferença entre o sacerdote e o cientista é que o treinamento científico pode nos permitir rever sistemática e continuamente nossas ideias e modifica-las diante de alguma evidência nova. Justamente por isso o método científico se torna útil, por ele ser eficaz em prever o mundo real e porque ele funciona como um antídoto contra as ilusões criadas constantemente pelo nosso cérebro e pelas nossas crenças humanas em busca da verdade sobre um determinado tema.



É possível chegarmos a uma verdade única?

Continuando a releitura do texto de uma década atrás, lembre-se que meu ateísmo “evangélico” era motivado pela possibilidade da descoberta de uma verdade única por meio da ciência em todos os campos do conhecimento, o que nos levaria ao paraíso da paz e da democracia.

No entanto, hoje percebo com mais clareza os limites do método científico, o qual não se aplica a todos os aspectos da vida humana, como, por exemplo, na previsão dos acontecimentos históricos ou no comportamento futuro da economia, apesar do intenso esforço que os economistas fazem para demonstrar o contrário, inclusive Karl Marx, que previu “cientificamente” o advento do comunismo a partir das leis econômicas que ele descobriu por meio do materialismo dialético.

É provável, Leonardo, que se lembre das transposições de conhecimento científico que fazíamos de uma área (antropologia, por exemplo) para a fisiologia do exercício, dando origem ao modelo evolutivo para os mecanismos da fadiga, os quais adotamos nas nossas pesquisas, inclusive na sua dissertação de mestrado[10]. Uma das ideias que eu divulgava era que se os homens são fisicamente maiores dos que as mulheres (em média cerca de 30%) e que, se esta diferença antropométrica entre machos e fêmeas nos primatas indica que os machos disputam entre si a posse sexual das fêmeas, transpus sem dados empíricos próprios esta informação para a nossa espécie como se ela fosse uma possível explicação (jamais uma justificativa) para diversos comportamentos machistas, violentos e sexistas observados em tantas culturas humanas.

Imaginava eu que uma pesquisa científica realizada de forma correta pudesse demonstrar esta hipótese e pareceu-me encontrar esta resposta no livro “Nobres Selvagens – minha vida entre duas tribos perigosas: os ianomâmis e os antropólogos” do cientista norte-americano Napoleon Chagnon[11], que me forneceu argumentos empíricos sobre a natureza machista e violenta de nossa espécie, algo que eu temia profundamente, torcendo para que, no fundo, fôssemos bons selvagens que foram corrompidos pelo capitalismo.

Depois de Chagnon, preocupada com meu agravado pessimismo sobre a natureza humana machista e violenta, a amiga e professora de história da ciência Ana Carolina Vimieiro Gomes indicou-me o livro “A queda do céu – palavras de um xamã yanomami”, escrito pelo antropólogo francês Bruce Albert em parceria com o yanomami Davi Kopenawa[12].

Kopenawa relata a vida de seu povo, inclusive de muitas das mesmas tribos estudadas por Chagnon, e sua narrativa acontece sob a perspectiva mística dos yanomamis e nos revela a complexidade de sua cultura e sua historicidade que não podem ser reduzidas apenas a dados estatísticos. Com os olhos de Chagnon, eu posso aceitar a visão científica de seus argumentos sobre o mundo de Kopenawa, e com os olhos de Kopenawa o mesmo mundo yanomami se apresentava de forma completamente distinta, mas também humanamente aceitável.

A incompatibilidade entre Kopenawa e Chagnon indica que o método científico não se destina a determinar a verdade em todos os assuntos por meio da razão e não há possibilidade de conciliação entre as suas visões de mundo tão antagônicas. Desta forma, chegar-se a um “consenso” entre o cientista e o yanomami somente seria possível se uma das visões de mundo se impuser à outra pela força, não dos argumentos, mas econômica ou militar.

Em outras palavras, adotar algum consenso em torno da visão científica de Chagnon, por exemplo, seria aceitar a concepção de mundo da civilização ocidental, que foi construída a partir das ideias materialistas decorrentes da revolução científica. Ciência e capitalismo desenvolveram-se em estreita relação, resultando na tecnologia moderna que tornou um tipo de sociedade dominante, que progressivamente dizimou as demais culturas e civilizações, incluindo as culturas indígenas como o povo de Kopenawa.

Se somos biologicamente machistas e violentos em nossa vida primitiva, como mostra Chagnon, somos socialmente complexos e criativos em nossa vida cultural, retruca Kopenawa. Portanto, a natureza e a cultura estão num embate e simbiose permanentes ao longo da história, cujo final é imprevisível cientificamente.


Existe o progresso da humanidade?

As ideias de racionalidade dos cientistas, do alcance infinito do método científico, da verdade única e do consenso final eram defendidas por mim com a convicção alimentada pela energia emocional decorrente de outra hipótese: a existência do progresso da humanidade. Se devemos progredir, qual será o melhor caminho?

Mesmo para aqueles que ainda continuam acreditando na existência de Deus, a humanidade vem substituindo os modelos divinos condutores do seu destino, em direção aos paraísos no Céu, por modelos materialistas que buscam os paraísos aqui na Terra. Sob o domínio de diferentes religiões, o futuro está determinado nas palavras de Deus e não nos cabe agir de forma diferente para o alcançarmos. No entanto, se Deus não existir ou não interferir em nossas vidas, estamos por nossa conta e meios, então precisamos pensar se a vida é esta mesma que se nos apresenta para sempre ou pode haver um futuro melhor e, neste caso, temos que fazer escolhas.

Talvez nossa mente humana não seja capaz de conviver com a realidade aleatória e sem sentido do mundo numa visão materialista, então inventamos outra crença poderosa: o progresso da humanidade em direção ao Homem como ser superior e praticamente divino, como destino final do esforço civilizatório, e que vem ocorrendo em substituição à crença em Deus [13].

A ideia de progresso da humanidade seria derivada do materialismo resultante do desenvolvimento do método científico nos últimos quatrocentos anos e teria originado três crenças humanistas que lutam ferozmente entre si: a primeira, centrada no individualismo como caminho para o progresso da humanidade, constitui o liberalismo e a ideologia do capitalismo; a segunda, apoiada no coletivismo como redenção da humanidade, daria origem à ideologia do socialismo; a terceira, transplantando a teoria da seleção natural de Darwin para a filosofia do aperfeiçoamento da raça humana, resultaria no nazismo.

Estas três crenças, cada uma ao seu modo, procuram substituir a religião a partir do materialismo derivado do método científico. No entanto, segundo John Gray, não parece haver evidências empíricas de que historicamente a humanidade esteja destinada ao progresso [14]. Pelo contrário, há indícios de que nossos antepassados caçadores coletores poderiam ser mais felizes e saudáveis do que a maioria dos seres humanos na civilização dominante atual 6.

O avanço do materialismo nas diversas correntes humanistas esbarrou na necessidade humana de encontrar significação para a vida, levando à proibição das religiões em diversos regimes políticos, o que fez surgir em seu lugar “religiões” deformadas com outras “divindades”, como os cultos a Stalin, Lenin, Hitler, Mao, Pol Pot, Fidel Castro e outros. John Gray mostra que assim como o fanatismo religioso justificou sistemas políticos violentos e totalitários que desencadearam guerras, genocídios e inquisições, o ateísmo também teria dado origem às crenças materialistas humanistas que sustentaram a ideologia de sistemas políticos também cruéis (capitalistas, comunistas e nazistas) capazes de horrores semelhantes.


Conclusão

Ao pensar sobre meu texto anterior e escrever para você, numa tentativa de “escrever sobre o que não sei para ficar sabendo”[15], passei a distinguir melhor a ciência como método, da ciência como filosofia.

A ciência como método parece inquestionavelmente eficaz para prever eventos dentro de modelos construídos com hipóteses testáveis e formuladas a partir de experimentos que resultam em dados objetivos. A ciência como método é indispensável na Medicina baseada em evidências, por exemplo, que é fundamental para cuidarmos das pessoas de forma segura.

A ciência como filosofia constitui as ideias sobre o mundo que se originaram da percepção da capacidade praticamente infinita de novas descobertas desde a Revolução Científica. Em outras palavras, uma vez que o método científico parece inesgotável, a humanidade estaria destinada a sempre descobrir soluções para todos os problemas e progredir de forma permanente em direção à perfeição, ao “paraíso futuro” aqui na Terra, como o próprio Freud tinha esperança em seu texto “O futuro de uma ilusão”, ou fora dela, em outros planetas. Na Medicina, esta filosofia leva à esperança (quase certeza para muitos) de que um dia teremos a cura para todas as doenças, não envelheceremos e seremos imortais.

A limitação da ciência, seja como método ou filosofia, é que ela não se mostra capaz de descobrir ou dar significação para a vida, pois, por seu pressuposto materialista, a vida é um acaso num universo em expansão cuja origem e fim desconhecemos. Então, conviver com esta aleatoriedade parece ser o desafio para nós que somos ateus.



Minhas desculpas

Para terminar, caro Leonardo, escrevi este texto porque reconheço que eu também era movido por crenças científicas e humanistas (versão socialista) e não me dava conta disso, enquanto criticava você por acreditar em Deus, como se meu ateísmo me tornasse melhor, mais inteligente, mais evoluído, mais maduro ou mais cientista do que você.

É por esta arrogância que peço desculpas a você.

Esta carta é meu desejo expresso de conviver de forma mais pacífica, respeitosa, cordial e delicada, pois somos todos Homo, mas diversos.


LOR, março de 2017



NOTAS

[1] Enviei o rascunho deste texto para o Leonardo que me autorizou a citar seu nome. Hoje ele é doutor em Ciências do Esporte pela Universidade Federal de Minas Gerais e trabalha como professor universitário em Divinópolis, MG. Ver seu currículo aqui http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4552081J9

Além disso, o rascunho também foi apresentado à Thalma de Oliveira Rodrigues, Romeu Cardoso Guimarães, Nilton Alves de Rezende, Juliana Carneiro, Jorge Sette, Luíza Rodrigues e Ana de Oliveira Rodrigues, minha orientadora em comunicação não violenta. A estas pessoas amigas agradeço as críticas e sugestões que tentei aproveitar para melhorar a compreensão do que penso e gostaria de dizer.

[2] Freud argumentou que a ciência deveria substituir o “infantilismo” da religião na vida humana em texto de 1927, “O futuro de uma ilusão”.

[3] Em especial Richard Dawkins, em “Deus: um delírio”: https://richarddawkins.net/


[4] Romeu Cardoso Guimarães estuda a Origem da Vida, Formação do Código Genético e Evolução de Redes Biológicas. Ver seu sólido currículo aqui: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/busca.do


[5] Ramon Cosenza, também médico e professor da UFMG, publicou seu excelente livro “Porque não somos racionais” (ver aqui https://loja.grupoa.com.br/autor/ramon-m-cosenza.aspx ), no qual mostra evidências da própria neurociência sobre como nossas escolhas são influenciadas por fatores alheios à nossa consciência, muitas vezes contrariando a lógica. Outros cientistas compartilham esta visão, como o divertido Leonard Mlodinow, com seus livros “O andar do bêbado”, “A janela de Euclides” e “Subliminar” (ver aqui http://www.livrariacultura.com.br/p/o-andar-do-bebado-2826284 ).


[6] Um jovem professor de história em Jerusalém que vem impressionando o mundo com seu livro “Sapiens: uma breve história da humanidade”: http://www.saraiva.com.br/uma-breve-historia-da-humanidade-sapiens-8733256.html ),


[7] Ver em meu blog “Neurofibromatoses - DR LOR Semanalmente”: http://lormedico.blogspot.com.br/2017/03/quando-as-evidencias-dizem-nao-mas-os.html


[8] Ver excelente texto do David Epstein na “ProPublica online”: https://www.propublica.org/article/when-evidence-says-no-but-doctors-say-yes


[9] ´Ver aqui o artigo de Elizabeth Kolbert http://www.newyorker.com/magazine/2017/02/27/why-facts-dont-change-our-minds autora do impressionante livro “A sexta extinção”.

[10] Ver http://www.cienciahoje.org.br/noticia/v/ler/id/1025/n/cabeca_fresca


[11] Ver aqui http://www.submarino.com.br/produto/121630009/livro-nobres-selvagens-minha-vida-entre-duas-tribos-perigosas-os-ianomamis-e-os-antropologos )

[12] Ver aqui http://www.companhiadasletras.com.br/detalhe.php?codigo=12959


[13] Ver Yuval Harari em seu livro “Homo Deus” http://www.livrariacultura.com.br/p/homo-deus-46351043?id_link=8102&gclid=CjwKEAiAirXFBRCQyvL279Tnx1ESJAB-G-QvfAXrmkmeBuj6vSvDeRXf6WEfCnEDsH5cxrX8RTv1lxoCWx_w_wcB


[14] Ver John Gray https://www.estantevirtual.com.br/b/john-gray/a-anatomia-de-gray/2268834460


[15] Fernando Sabino

Comentários

  1. Parabéns, Lor.
    Você me deu uma grande lição.
    Aprendi muito. Colocarei em prática.
    Eneida da Costa - Jornalista
    Sua ex-chefe de campanha

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  2. LOR, há muito discuto o que você expôs muito claramente, a questão da crença em ciência.
    Só tenho uma ressalva, e é quanto à Filosofia Materialista Marxista e sua pretensa "evolução inexorável":
    Quando li Marx, entendi que a luta de classes é pré requisito para qq mudança real, se podemos simplificar assim. E Marx não acreditava nessa "história evolutiva". Para ele, claramente, Comunismo seria um Modo de Produção utópico, a ser buscado, baseado na riqueza, e só possível com a síntese - o fim da luta de classes, a humanidade tendo alcançado um grau de civilização tb utópico. Não seria uma sociedade igual, onde todos tivessem o mesmo nível de riqueza, feito alguns querem nos fazer acreditar. Mas seria uma sociedade com iguais oportunidades. O Modo de Produção Socialista apontaria para essa utopia. Outro mito é acreditar que Marx considerava que essa evolução seria um processo inexorável, que o Modo de Produção Capitalista acabaria se transformando, independente de outros fatores. Ledo engano, não, essa mudança só seria possível com a luta, num processo dialético. Não de conflito, mas de contradição, luta - tese, antítese - e síntese.
    Em suma, Marx está superado em muitas coisas, óbvio. Não viveu nada que a ciência, a tecnologia e o consequente alcance de informações hoje propiciam. Mas, na minha opinião, mais do que atual no básico de sua filosofia.

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    Respostas
    1. "De fato, como cientista, não posso responder essa pergunta. Não há como negar que algo desse tipo possa existir, mas o fato de haver milhões ou bilhões de possíveis mundos lá fora não significa que haja vida neles. É o que chamamos de situação indeterminada. As contingências necessárias para que a vida unicelular dê origem a vida multicelular são quase um milagre. E o surgimento de vida no nível do ser humano seria outro milagre. A probabilidade de isso acontecer em outros lugares é uma das fantasias da mente humana e sou a favor de programas como o SETI (Search for Extraterrestrial Inteligence); é uma aventura maravilhosa. Mas em termos científicos, se você me perguntar, a probabilidade de encontrarmos outra civilização capaz de se comunicar conosco é zero."

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