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Mostrando postagens de junho, 2015

Bastidores de um desenho: a segunda decepção com o PT (em 1994)

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Em 1994, publiquei as duas charges acima no Diário Popular (SP) ao saber que o financiamento de campanha do PT havia sido em grande parte feito pelos empreiteiros, os mesmos que haviam financiado a coligação do PSDB que elegera Fernando Henrique Cardoso, variando apenas a quantidade de dinheiro injetado em cada campanha. Para mim, isto era uma negação dos princípios da fundação do Partido dos Trabalhadores, para a qual eu fora militante e um dos assinantes da Ata de Fundação em SP e em MG em 1980. No meu sonho, o partido seria financiado apenas com os recursos dos militantes, dos trabalhadores e seus sindicatos e associações, mas jamais dos patrões, empreiteiros e banqueiros. Curiosamente, hoje, a operação Lava-Jato denuncia os crimes envolvidos nestas ligações perigosas (com a Odebrecht inclusive). Apesar de naquela época eu já não ser mais filiado ao partido desde 1982 (por causa do autoritarismo interno massacrant

Hoje tem nova edição do HUMORDAZ!!!

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Bastidores de dois desenhos: FHC há 20 anos

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Desenhos publicados em 1995, no Diário Popular de São Paulo, quando Fernando Henrique Cardoso negava que existisse recessão e aumentava o desemprego com as reformas adotadas. Hum... lembra-me alguém, mais recentemente... 
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Delatada premiação

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Tá no ar o número 2 do HUMORDAZ semanal!

Cada vez melhor: clique aqui!

Morro, mas não digo quem é o Juiz

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Pior idade

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Bastidores de um desenho: por falar em duração do mandato, quando publiquei esta charge em 1988, nem imaginava o que viria pela frente...

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Juventude

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Golpes de Estado

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FundaMentalIistas

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Bastidores de um desenho: alguém já deve ter feito.

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Ontem postei o cartum que fiz sobre a burca usada por mulheres muçulmanas, mas fiquei incomodado  com a ideia de que era uma ideia óbvia o bastante para já ter sido desenhada por outro cartunista.  Aliás, ultimamente, ando com esta sensação de que alguém já deve ter feito os cartuns que tenho criado.  Deve ser o efeito combinado da minha idade - os incontáveis cartuns que já pude ver ao longo da vida, - com a internet, onde se encontra de tudo. Além disso, eu queria expressar uma ideia desenvolvida pela Thalma há vários anos de que o hábito das freiras é  nada menos do que uma burca adaptada pelos católicos, e para isso coloquei o título da postagem de “O hábito faz a burca?".  Neste mesmo rumo, em 1976 (Uau! 40 anos e continuo com as mesmas ideias: não mudei eu ou não mudou o mundo?), fiz um cartum sobre a surpresa de uma freira, ao passar diante de uma casa noturna onde se anuncia o corpo nu de uma mulher: - Então, somos assim por dentro? - pergunta ela à Madre Su

O hábito faz a burca?

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Bastidores de um desenho: o passado não passa de pastas?

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Em 1993, durante os depoimentos do Paulo César Farias (o famoso PC, braço direito do Collor e que seria queimado, digo, assassinado tempos depois) numa das CPIs para investigar a corrupção na política, fiz este cartum que foi publicado no Diário de São Paulo e depois usado como convite da Prefeitura de Porto Alegre para uma exposição retrospectiva de meus 25 anos como cartunista.  Curiosamente, era prefeito Tarso Genro, do Partido dos Trabalhadores, o PT, partido que hoje está sentado no lugar do PC, e que está sendo investigado pelos demais partidos, todos inocentes, é claro.

Bastidores de um desenho: o Strip-Triz, como diria meu pai.

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Hoje pela manhã acordei com o desejo de fazer esta charge, depois de ver (ontem) a entrevista da Dilma para o Jô Soares. Veja o vídeo da entrevista completa aqui No entanto, tive receio de que a escolha de um mote ligado ao despir da mulher pudesse passar a ideia de preconceito. Acabei fazendo o outro, que postei, com o Jô dizendo: - Daqui a pouco a gente vota! Não adiantou: passei o dia pensando neste cartum do Strip-tease, que deixara de fazer por um triz, como diria minha mãe. Agora, não resisti e atendi ao sentimento positivo de ter tido a oportunidade de conhecer um pouco da Dilma, a pessoa, que elegemos para nos administrar pelos próximos quatro anos. Antes que os coxinhas me chamem de petista, lembro que sou militante do PSOL e faço oposição à Dilma porque o PT nao fez a reforma política (quando podia) e adotou a política econômica liberal e não por ódio de classe.

Jô rnalista

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O Humordaz semanal está de volta!!!

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Feliz com a volta do HUMORDAZ semanal  ( ver aqui a edição que está no ar ),  decidi falar sobre O PERIGO DAS DROGAS na próxima edição (que sairá na segunda 22 de junho de 2015).   Enquanto trabalhava no desenho de hoje (confira no próximo Humordaz como ficou), lembrei-me deste outro que está abaixo e que publiquei no Diário Popular de São Paulo em 1989, no ano em que a chamada Guerra às Drogas ganhava seu grande impulso com Ronald Reagan e Margareth Tatcher.  Eu não tinha ideia de como este cartum se tornaria real.

O retoque de humor do Ziraldo

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Em 1976, alguns dias depois que enviei este cartum para o Pasquim, ele foi publicado com uma alteração (que pela letra ficou evidente ter sido realizada pelo Ziraldo), que mudava a última frase (abaixo) É claro que a frase do Ziraldo ficou muito melhor do que a minha por dizer com mais humor quase a mesma coisa que eu pretendia. Ao dizer que o paciente não havia colaborado, há uma dose de transferência de responsabilidade do médico para o paciente, enquanto meu intuito original era falar da pretensão. De qualquer forma, a habilidade do Ziraldo em melhorar a piada é uma prova da superioridade do seu talento e da diferença de idade que há entre nós.
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A mulher em 1752, 1981 e 2015

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Acordei com o impulso para desenhar o cartum acima, pois ando lendo Matias Ayres (Reflexões sobre a vaidade dos homens) e ele comenta, lá em 1752, a condição de escravidão feminina, mas coloca como opções que a mulher tem que “escolher” entre a liberdade e a formosura. Acho que não é uma questão apenas de escolha e a condição social feminina está ligada à origem da propriedade privada dos meios de produção e, por isso, fiz o cartum. No entanto, enquanto o desenhava, vinha-me à lembrança o cartum abaixo, que enviei para o 18º Salão de Humor de Montreal (Canadá) em 1981, numa época em que ainda acreditava em competição como forma ética de comportamento. Acho que os dois cartuns dialogam entre si, numa espécie de lamento pelos 35 anos que se passaram entre eles e tão pouca água tenha passado debaixo da ponte do feminismo.

Vamos aumentar a maioridade penal: cadeia para roubo acima de um milhão!

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Viva Maria Lucia Fatorelli: vamos auditar a dívida pública brasileira!

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Veja entrevista sobre a dívida pública brasileira com Maria Fatorelli na revista Carta Capital: Entrevista completa clique aqui

Assim caminha a humanidade

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O look capitalista

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Meu irmão Ernesto ponderou diante de um cartum recente: - Você precisa atualizar seu capitalista: os patrões não fumam mais, fazem exercícios e não se vestem com estes ternos pesados. Pensei que ele tem razão, em parte. Se é verdade que há um novo visual do lado de dentro das mansões, o capitalismo em si não mudou como as redes sociais pretendem, porque a concentração de riqueza aumentou brutalmente nos últimos anos e os mecanismos de exploração da mão de obra ainda são os mesmos. Assim, enviei a ele estes dois cartuns, nos quais mudei apenas o visual do arqueiro. Na primeira versão, do homem mais jovem com o terno lilás, temos um pouco de dúvida sobre quem seria o personagem: um industrial? Um médico? Um cientista? Por outro lado, na segunda versão, não temos dúvida de que se trata do dono da fábrica de estatinas, um remédio usado para baixar o colesterol, um dos campeões de vendas (não obrigatoriamente de resultados para a saúde). Ernesto concordou que não será tão simples mudar o l
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Cony e o cartão de crédito

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Viajei pelo Brasil semanas atrás e poderia ter deixado todos os documentos em casa, exceto um cartão de crédito, o único documento que precisei utilizar. Lembrei-me então deste cartum que publiquei no Diário Popular de São Paulo em 18/12/1996, inspirado numa crônica do Carlos Heitor Cony publicada uns dias antes na Folha de São Paulo. Em 2006, portanto, dez anos depois, este cartum foi tema do vestibular da UFMG. Agora, parece que a profecia do Cony se realizou.